Segundo a Dra. Thaline Neves Coutinho, especialista em medicina fetal, a medicina fetal avançou significativamente nas últimas décadas, e o ultrassom com doppler tem sido uma das ferramentas mais valiosas para monitorar a saúde do bebê ainda no útero. Pois, essa tecnologia permite avaliar o fluxo sanguíneo fetal com precisão, identificando precocemente riscos como sofrimento fetal e restrição de crescimento intrauterino.
Desse modo, esses diagnósticos são determinantes para intervenções médicas rápidas, que podem salvar vidas. Interessado em saber mais? Neste artigo, você vai entender como o ultrassom com doppler funciona, sua importância na avaliação do fluxo sanguíneo fetal e como ele previne complicações graves.
O que é o ultrassom com doppler e como ele funciona?
O ultrassom com doppler é uma modalidade de exame de imagem que avalia a circulação sanguínea em vasos e artérias, incluindo os da placenta e do feto. Conforme menciona Thaline Neves Coutinho, essa técnica utiliza ondas sonoras de alta frequência para medir a velocidade e a direção do fluxo sanguíneo, gerando gráficos e imagens em tempo real.
Assim sendo, esse exame é especialmente útil para detectar alterações no suprimento de oxigênio e nutrientes para o bebê. Uma vez que, quando há restrição no fluxo, o doppler consegue identificar padrões anormais, como resistência aumentada nas artérias umbilicais ou cerebrais. Dessa forma, os médicos podem agir antes que complicações graves, como sofrimento fetal ou parto prematuro, se desenvolvam.
Como o ultrassom com doppler prevê sofrimento fetal?
O sofrimento fetal ocorre quando o bebê não recebe oxigênio suficiente, podendo levar a danos neurológicos ou até mesmo à morte. Inclusive, o ultrassom com doppler é uma das melhores ferramentas para prever essa condição, pois avalia se o fluxo sanguíneo está adequado para suprir as necessidades do feto.

De acordo com a Dra. Thaline Neves Coutinho, um dos principais indicadores analisados é a artéria umbilical. Isto posto, se o exame mostrar resistência elevada ou fluxo reverso, isso sugere que a placenta não está funcionando corretamente. Outro parâmetro importante é a artéria cerebral média, que pode apresentar alterações no padrão de fluxo em resposta à falta de oxigênio. Logo, com esses dados, a equipe médica pode decidir pela antecipação do parto ou outras intervenções urgentes.
Por que o ultrassom com doppler é crucial em casos de restrição de crescimento fetal?
A restrição de crescimento fetal (RCF) ocorre quando o bebê não se desenvolve no ritmo esperado, muitas vezes devido a problemas na placenta. Segundo Thaline Neves Coutinho, médica proprietária da Clínica View, o ultrassom com doppler é determinante nesses casos, pois ajuda a diferenciar entre fetos pequenos, mas saudáveis, e aqueles com crescimento realmente comprometido.
Já que ao avaliar o fluxo nas artérias uterinas e umbilicais, o exame identifica se há insuficiência placentária, uma das principais causas de RCF, como ressalta a Dra. Thaline Neves Coutinho. Portanto, quando detectada precocemente, a condição pode ser monitorada de perto, e medidas como repouso, medicamentos ou parto antecipado podem ser adotadas para proteger a saúde do bebê. Ou seja, sem o doppler, muitos casos poderiam passar despercebidos até que fosse tarde demais.
A importância do ultrassom com doppler para a saúde fetal
Em resumo, o ultrassom com doppler revolucionou o acompanhamento de gestações de risco, permitindo diagnósticos precoces e intervenções que salvam vidas. Até porque, essa tecnologia é indispensável para avaliar o fluxo sanguíneo fetal, prevenir sofrimento fetal e gerenciar casos de restrição de crescimento.
Desse modo, com resultados precisos e não invasivos, o exame oferece segurança tanto para as gestantes quanto para os médicos. Então, se você está grávida e tem fatores de risco, converse com seu obstetra sobre a inclusão do ultrassom com doppler no seu pré-natal. Uma vez que, a detecção precoce de problemas pode fazer toda a diferença para o bem-estar do seu bebê.
Autor: Igor Kuznetsov