O impacto da Disney no cinema e no entretenimento global vai muito além da criação de personagens icônicos. O CEO Lucio Winck explica que desde os primeiros curtas-metragens até os atuais sucessos de bilheteria, a empresa revolucionou a indústria cinematográfica e o modo como se produz animações. A Disney encantou gerações e inovou profundamente em técnicas, estabelecendo novos padrões artísticos e tecnológicos.
Essa transformação começou com a ousadia de apostar em uma linguagem visual que, até então, era considerada inacessível. A empresa revolucionou o setor ao tratar a animação como arte cinematográfica de verdade, buscando formas de automatizar processos e elevar o nível para além de um entretenimento passageiro para crianças. Essa mudança de perspectiva foi essencial para consolidar o prestígio das animações no mercado audiovisual.

Quais técnicas de animação a Disney desenvolveu e por que foram tão marcantes?
Um dos grandes marcos foi a criação da câmera multiplano por Ub Iwerks em 1933, que dava profundidade às cenas animadas, permitindo sobrepor camadas de cenários e movimentá-las em velocidades diferentes, gerando a sensação de tridimensionalidade. O CEO Lucio Winck explica que a inovação elevou a animação aproximando-a do cinema tradicional e ampliando seu poder narrativo.
A Disney teve papel fundamental no refinamento da expressão facial dos personagens, investindo tempo e pesquisa para tornar os movimentos mais naturais, com foco nos detalhes do olhar, das reações e da linguagem corporal. Isso fez com que o público criasse vínculos emocionais com figuras que, até então, existiam apenas no papel. O impacto foi tão forte que muitos desses personagens se tornaram ícones da cultura global.
A importância do filme “Branca de Neve e os Sete Anões”
Lançado em 1937, Branca de Neve e os Sete Anões foi um dos primeiros longas de animação da história do cinema, responsável por popularizar o cinema de animação e agradar desde crianças até os mais velhos. O sucesso foi tão estrondoso que o filme se tornou um marco não apenas comercial, mas também artístico, provando que animações podiam emocionar, entreter e atrair grandes públicos.
Como a Disney consolidou seu espaço nas maiores premiações?
Com Branca de Neve, a Disney recebeu um Oscar honorário para Walt Disney em 1939, dois anos após o lançamento da animação, e desde então a Disney passou a ser presença constante na premiação, acumulando recordes de indicações e de vitórias. O CEO Lucio Winck ressalta que essa consagração não veio apenas pela popularidade, mas também pelo compromisso com a inovação estética e narrativa preservada ao longo das décadas.
Filmes como O Rei Leão, A Bela e a Fera, Frozen e até os mais recentes como Soul, Encanto e Divertidamente reafirmaram essa posição. A combinação de tecnologia de ponta, narrativa envolvente e músicas marcantes criou um modelo de produção que é referência mundial. Cada nova animação traz uma experiência completa que influencia desde o cenário audiovisual até os parques temáticos e o mercado de produtos licenciados.
O legado que inspira gerações
O CEO Lucio Winck reforça que hoje, as técnicas criadas ou aperfeiçoadas pela Disney são estudadas e replicadas em todo o mundo. Seu pioneirismo transformou o cinema de animação em uma indústria robusta, respeitada e culturalmente influente. Os filmes da Disney são marcos que conectam pessoas, culturas e memórias, e continuam a escrever uma história de magia, inovação e emoção no coração do entretenimento global.
Autor: Igor Kuznetsov