O Dr. Aroldo Fernandes da Luz afirma que, mais do que atuar em processos judiciais, o advogado tem um papel essencial na formação de uma sociedade consciente, crítica e participativa. Isso se torna especialmente evidente quando se trata da educação em direitos fundamentais — um campo em que o profissional do Direito pode transformar realidades ao compartilhar conhecimento e promover o acesso à informação.
Em uma sociedade marcada por desigualdades e pela constante violação de garantias básicas, muitas pessoas sequer conhecem os direitos que possuem. Esse desconhecimento alimenta injustiças, marginalizações e o afastamento da população dos mecanismos legais de proteção. Nesse cenário, o advogado se coloca como um agente de democratização do saber jurídico, contribuindo para que os indivíduos compreendam sua cidadania e saibam reivindicar seus direitos com consciência.
O papel social da advocacia na promoção da cidadania
O trabalho do advogado vai muito além da representação judicial. Ele também pode e deve exercer uma função educativa, especialmente quando se trata de temas ligados à dignidade, liberdade, igualdade, segurança e participação social. A Constituição Federal assegura uma série de garantias fundamentais que, muitas vezes, ficam restritas ao papel por falta de conhecimento por parte da população.
De acordo com o advogado Aroldo Fernandes da Luz, a atuação do profissional do Direito em escolas, comunidades, projetos sociais e instituições públicas fortalece o senso de pertencimento e empodera as pessoas. Ao compreenderem que têm direito à saúde, moradia, educação, liberdade de expressão, igualdade racial e de gênero, os cidadãos se sentem mais seguros e dispostos a participar da vida pública e a exigir respeito às leis.
Onde e como o advogado pode educar em direitos fundamentais
O campo de atuação nessa área é amplo e diverso. Muitos advogados desenvolvem projetos em escolas, ensinando crianças e adolescentes sobre seus direitos e deveres, o funcionamento da Justiça e a importância da Constituição. Outros atuam em comunidades periféricas, realizando rodas de conversa, oficinas ou mutirões jurídicos com linguagem acessível e foco nas demandas locais.

A atuação também pode ocorrer no meio digital, com a produção de conteúdo educativo em redes sociais, blogs e vídeos. O Dr. Aroldo Fernandes da Luz ressalta que democratizar o conhecimento jurídico exige adaptar a linguagem, os exemplos e os formatos às realidades do público, respeitando sua vivência e seu nível de escolaridade.
Além disso, os advogados podem colaborar com organizações da sociedade civil, prestar consultorias educativas a movimentos sociais ou participar de programas institucionais de educação em direitos humanos promovidos por defensorias públicas, universidades e órgãos governamentais.
Benefícios da educação jurídica para a sociedade e para o advogado
Promover a educação em direitos fundamentais traz benefícios concretos e duradouros. Para a sociedade, significa mais autonomia, menos violência institucional, maior participação política e uma cultura de respeito às normas. Para o advogado, é uma oportunidade de exercer sua função social de forma ampla, ética e transformadora, além de se aproximar de públicos que muitas vezes não têm acesso aos serviços jurídicos tradicionais.
Segundo o Dr. Aroldo Fernandes da Luz, a atuação educativa fortalece a credibilidade do profissional, amplia sua rede de contatos e contribui para a valorização da advocacia como instrumento de mudança social. Advogados que atuam nesse campo demonstram comprometimento com o coletivo, sensibilidade social e habilidade para dialogar com diferentes grupos — qualidades cada vez mais valorizadas no exercício moderno da profissão.
Os desafios de levar a educação em direitos à prática
Apesar de seu enorme potencial, a educação em direitos fundamentais ainda enfrenta desafios. A resistência institucional, a escassez de recursos e o despreparo de muitos profissionais para atuar fora do ambiente jurídico tradicional são entraves frequentes. Também há o desafio de vencer a desconfiança de comunidades que historicamente foram silenciadas ou criminalizadas pelo próprio sistema legal.
Para superar esses obstáculos, é necessário persistência, humildade e formação contínua. O advogado deve estar disposto a aprender com os contextos em que atua, ouvir mais do que falar e construir vínculos reais com os públicos envolvidos. Como observa o Dr. Aroldo Fernandes da Luz, educar é um processo de troca, e não uma via de mão única.
Conclusão
A educação em direitos fundamentais é uma das formas mais potentes de transformação social, e o advogado tem um papel de protagonismo nesse processo. Ao compartilhar conhecimento jurídico com responsabilidade, sensibilidade e clareza, o profissional do Direito contribui para uma sociedade mais justa, informada e participativa. O Dr. Aroldo Fernandes da Luz reforça que, ao assumir essa missão educativa, o advogado reafirma seu compromisso com a cidadania, fortalece sua presença na comunidade e amplia o alcance ético da própria advocacia.
Autor: Igor Kuznetsov