A ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos) está com inscrições abertas para o evento BNDES e as novas linhas de crédito para o setor de dispositivos médicos, que será realizado em parceria com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), no dia 07 de agosto. Voltado para as empresas que fabricam dispositivos médicos no Brasil, especialmente aquelas que fornecem para o Sistema Único de Saúde (SUS) ou para exportação, o encontro terá formato híbrido, com vagas presenciais limitadas e transmissão ao vivo.
Para Paulo Henrique Fraccaro, CEO da ABIMO, o desenvolvimento do mercado de dispositivos médicos é essencial, uma vez que impacta nos preços dos produtos e na competitividade do setor da saúde de forma geral. “Além disso, o SUS é o maior comprador de dispositivos médicos no país e o principal responsável por ofertar uma saúde de qualidade no país”, disse.
O evento será moderado por Fraccaro e contará com a participação de Ruy Baumer, Diretor titular do ComSaude; Jamir Dagir Júnior, Presidente da ABIMO; José Luís Gordon, Diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES; Carla Reis, Chefe do departamento do Complexo Industrial e de Serviços de Saúde do BNDES; e Lívia dos Reis, Superintendente da Área de Comércio Exterior do BNDES.
“Essa linha de crédito atende às necessidades do setor, com potencial de renovar e ampliar o parque de equipamentos hospitalares do Brasil, permitindo, assim, que a população brasileira tenha acesso a tecnologias mais eficientes e, consequentemente, melhorando a saúde da população usuária do SUS”, comenta Fraccaro.
Como funciona
O BNDES faz uma liberação única de crédito, mínimo de R$ 500 milhões, para financiar o fornecimento ao SUS de equipamentos e materiais de saúde produzidos no país, definida a partir de análise de histórico de fornecimento ao SUS, licitações ganhas, contratos já celebrados, entre outras exigências. A empresa tem o compromisso de fornecer o mesmo valor em equipamentos e materiais de fabricação nacional ao SUS, em um período de dois anos. O programa estará vigente até 30 de junho de 2028.
“Criamos o programa para fortalecer o complexo econômico industrial da saúde nacional e assegurar a universalização do SUS, ou seja, com isso buscamos cumprir a meta estabelecida pela política Nova Indústria Brasil do Governo Lula para ampliar o acesso da população à saúde gratuita e de qualidade”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
As empresas locais que fornecem ao SUS enfrentam uma série de desafios, dentre eles o prazo de recebimento dos pagamentos, a necessidade de recursos para formação de estoques e a multiplicidade de compradores com diferentes estruturas jurídicas (entes públicos, instituições filantrópicas, parcerias público-privadas, organizações sociais). O Programa pretende contribuir para a superação dessas dificuldades, uma vez que o crédito tem potencial para melhorar a estrutura financeira dos fornecedores do SUS.