O CEO e fundador do Shield Bank, Robson Gimenes Pontes, evidencia que a administração de benefícios evoluiu significativamente nas últimas décadas. Se antes era encarada apenas como uma questão burocrática e financeira, hoje é vista como um componente estratégico na atração e retenção de talentos.
Nesse contexto, o papel do contador sofre uma transformação relevante, deixando para trás a imagem limitada de alguém focado apenas no fechamento de balanços e migrando para uma função mais abrangente, que envolve compreender pessoas, cultura organizacional e objetivos estratégicos da empresa. Com uma formação complementar em Gestão de Pessoas, esses profissionais podem agregar valor significativo ao gerenciamento de programas de benefícios.
Como a visão humana melhora a escolha dos benefícios oferecidos?
Ao conhecer as necessidades reais dos colaboradores, o contador com habilidades em gestão humana consegue identificar quais benefícios realmente impactam a motivação e o bem-estar dos funcionários. Robson Gimenes explica que enquanto dados financeiros apontam custos e viabilidade, a sensibilidade humana permite interpretar demandas subjetivas, como qualidade de vida, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e inclusão. Essa combinação ajuda a evitar desperdícios com benefícios pouco utilizados ou mal percebidos pela equipe.
Ademais, esse entendimento humano possibilita personalizar os pacotes de benefícios conforme perfis demográficos e culturais da equipe. Um time jovem pode valorizar flexibilidade e aprendizado contínuo, enquanto profissionais mais experientes podem buscar assistência médica completa e previdência privada. Robson Gimenes Pontes frisa que o contador que enxerga além das planilhas, consegue alinhar essa oferta com os valores da empresa.
Por que a análise financeira aliada à visão estratégica é essencial?
Administrar benefícios não se resume a oferecer vantagens aos colaboradores; requer equilíbrio entre custo, impacto e retorno sobre investimento. Aqui, a expertise do contador desempenha um papel central. Ele é capaz de analisar dados históricos, projetar gastos futuros e mensurar o impacto financeiro de cada iniciativa. No entanto, quando somado ao conhecimento em gestão de pessoas, esse olhar técnico se transforma em estratégia real, direcionada ao desenvolvimento organizacional.

Segundo Robson Gimenes Pontes, essa dupla competência permite elaborar cenários alternativos, comparar modelos de benefícios e escolher aqueles que combinam sustentabilidade financeira com satisfação dos colaboradores. Ao invés de simplesmente replicar práticas do mercado, o profissional multidisciplinar constrói soluções sob medida para o negócio, considerando não apenas números, mas também aspirações, cultura e objetivos de longo prazo da empresa.
Como integrar benefícios à cultura organizacional aumenta seu valor percebido?
Benefícios são mais do que vantagens individuais — eles refletem os valores e prioridades da empresa. Quando bem alinhados à cultura organizacional, tornam-se ferramentas poderosas de comunicação interna e fortalecimento da identidade corporativa. Um contador com formação em Gestão de Pessoas sabe reconhecer essa conexão e usa seu conhecimento estratégico para integrar os programas de benefícios ao propósito da companhia, reforçando comportamentos esperados e incentivando práticas alinhadas à missão organizacional.
Esse tipo de integração faz toda a diferença na percepção dos colaboradores. Benefícios passam a ser vistos não como “ganhos individuais”, mas como parte do pacto de confiança e reciprocidade entre empresa e funcionário. Robson Gimenes Pontes também ressalta que programas bem estruturados ajudam a atrair candidatos que compartilham dos mesmos valores, melhorando a aderência cultural desde a contratação. Assim, o contador sai da posição de suporte operacional e assume um papel protagonista.
Transformando números em relações humanas
No fim das contas, o verdadeiro diferencial está em unir exatidão matemática com sensibilidade humana. A contabilidade oferece o controle necessário para manter o equilíbrio financeiro, enquanto a Gestão de Pessoas fornece a perspectiva humana que dá sentido às escolhas estratégicas. Juntas, essas áreas criam programas de benefícios mais eficazes, sustentáveis e alinhados ao propósito da empresa.
Por fim, Robson Gimenes Pontes conclui que o futuro da administração de benefícios pertence a profissionais que conseguem enxergar além das tabelas e gráficos — que entendem que cada número representa uma pessoa, uma expectativa, um sonho. E nesse novo panorama, o contador com formação em Gestão de Pessoas não apenas apoia a decisão estratégica: ele passa a liderá-la, tornando-se peça fundamental no desenvolvimento humano e organizacional.
Autor: Igor Kuznetsov